quinta-feira, 9 de junho de 2011

VASCO! VASCO! VASCO!(Crônica para um time campeão)


Tremei, terra! Tremei, solo! Varrei os mares, tufão de paixão!
Extasiados pela conquista, rejubilados pela euforia... VASCO! VASCO! VASCO!
Eleva-te, pensamento distante, sonho concebido... deixai arder dentro do peito, escondido por esta cruz-de-malta que venceu o mal e o preconceito doentio, a chama desse amor incandescente que explode na alma da gente e nos leva, alucinados, a gritar... VASCO! VASCO! VASCO!
Vinde vós, Campeão Gigante, Porta-Voz desta nação amante
Tremulai vossa bandeira, balançai a terra inteira... VASCO! VASCO! VASCO!
Almirante vencedor, impoluto e incomparável, navegando novamente pelos mares da vitória, conquistando continentes, desbravando tempestades... “taça à vista”! Eis a conquista! VASCO! VASCO! VASCO!
Derrubai fronteiras, destroçai cadeias e correntes, despedaçai jugos... rompei pórticos e anunciai aos quatro ventos, para que se espalhem aos confins do universo, que TU ÉS O VASCO, o Campeão das Américas, o Campeão do Brasil, o vultoso Campeão!
VASCO! VASCO! VASCO!
Se um dia para Deus é como mil anos, que são para ti, Grandioso, meros oito anos sem esse grito arrojado, sem esse peito estufado, sem essa taça erguida no suor e no brado dos teus 11 guerreiros do campo?
És grande, meu Vasco... és Gigante, Vasco meu! Maior que tuas taças e títulos tu és!
És Gigante da Colina... da história... da paixão! Tens um nome e um sobrenome, tens ascendência e descendência, tens a sina da vitória... VASCO! VASCO! VASCO!
Vem agora, Vasco da Gama! Vem agora e arrebata... vem agora e abraça teu povo... tua multidão de negros, brancos, pobres, mulatos, ricos, portugueses, brasileiros, homens, mulheres, crianças, favelados, bem nascidos... pois vem! Encanta e se encanta com a tua imensa torcida bem feliz!
Rompe os portões, abre as saídas da Colina Histórica, sai pras ruas e vem ver os olhos vertendo lágrimas de paixão, vem ver as camisas cobrindo os corações amantes com teu manto!
Vem pra rua ver teus filhos abraçados, emocionados, chorando e sorrindo, loucos alucinados no asfalto, bêbados e equilibristas, como Carlitos em preto-e-branco com lágrimas de pierrô apaixonado chorando de alegria no carnaval de um time campeão!
Vem, meu Vasco... nosso Vasco de conquistas eternas e históricas! Vem e sacia nossa sede de justiça pelos gols perdidos, pelas ironias, pelas bazófias, pelas dissidências sórdidas, pelo oportunismo fajuto, pela ambição que almeja sujar teu nome... vem, Nosso Vasco!, e engrandece teu nome no Panteão dos Vencedores!
Arrasta teu manto sagrado pelas ruas da cidade, Glorioso Gigante da Colina! Acompanha teu povo emocionado, que aos gritos de “é campeão” reconhecem tua história, teus feitos, tua fortuna!
Cala de vez os detratores, os debochados, os caluniadores, os roedores da tua história... faz brilhar tua cruz cristã contra os demônios de dentro e de fora que se levantam contra ti, legítimo time da fé em Deus, da salvação dos homens, da igualdade e da libertação!
Vem, ò Vasco, e descansa no peito dos que te amam, repousa como Campeão do Brasil nas mentes e na emoção dos teus filhos marcados por essa cruz! Espelha-te nos rostos que, cobertos de lágrimas, levantam tua bandeira... defendem tuas cores... gritam apaixonados porque tu, Vasco da Gama, és novamente o Grande Campeão!
E que essa força, essa garra, essa luz que há em ti nos ilumine e nos conduza aos mesmos caminhos de glória pelos campos da vida, inspirados pela mesma fé no Salvador que também inspira a insígnia viva em teu peito... em nosso peito...tu e cada um de nós: uma só fé, um só ímpeto de amor e de vitória!
Tremei, terra! Tremei, solo! Varrei os mares, tufão de paixão!
Eis que ele, o VASCO DA GAMA, Gigante da Colina, Campeão do Centenário, Tricampeão das Américas, Pentacampeão do Brasil... ergue a taça... vence a Copa... enxuga de nossos rostos as lágrimas que ele mesmo fez brotar!
Lavamos nossa alma, nosso coração e nossas vidas na paixão dessas lágrimas, na força dessa conquista...
Tremei, terra! Tremei, solo! Varrei os mares, tufão de paixão!
TREMEI, SOLO DAS AMÉRICAS!
VASCO! VASCO! VASCO!

O campeão voltou...
Créditos: Hélio Ricardo Rainho

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